A doença renal crônica (DRC) define-se como uma síndrome clínica caracterizada pela perda progressiva das unidades funcionais dos rins, os néfrons, que evolui por um período extenso, geralmente por meses ou anos. O maior desafio desta doença é que os sinais clínicos não são evidentes até que haja uma perda de 67 a 75% dos néfrons, estágio em que os rins perdem sua capacidade compensatória. A DRC é considerada a maior causa de morbidade e mortalidade em cães e gatos. Nos felinos, estima-se que a doença ocorra em cerca de 10% da população como um todo, podendo afetar mais de 30% dos gatos acima de 10 anos de idade. Logo, o diagnóstico precoce da doença é de extrema importância para que seja feito o estadiamento e controle da doença o quanto antes, para aumentar a qualidade de vida dos nossos amigos.
De acordo com um estudo recente realizado em 32 gatos idosos saudáveis por pesquisadores da Universidade do Estado de Oregon um biomarcador recém-descoberto pode fornecer detecção precoce da doença renal crônica.
O estudo mostrou que o biomarcador, chamado SDMA (Dimetilarginina simétrica) é a melhor maneira de medir a função renal em gatos idosos. Este novo biomarcador identifica o aparecimento da doença renal em uma média de 17 meses antes do teste padrão para esta doença, que mede os níveis de creatinina no soro. O SDMA eleva a partir da perda de 25% da função renal, o que o torna mais confiável tanto para o diagnóstico de insuficiência renal aguda quanto o de doença renal crônica. Com a avaliação dos níveis de creatinina, não é possível identificar problemas renais até a perda de quase 75% da função renal.
A creatina surge da proteína muscular, mas dado que à medida que envelhecem, na maioria dos gatos perdem massa magra do corpo, os níveis de creatina podem aparecer normais, mesmo estando aumentada. Por isso, este novo exame tem como principais vantagens: