Existem vários motivos para o sopro estar presente, mas focaremos na doença valvar crônica de mitral (DVCM) que é sem dúvida a causa mais frequente do sopro na clínica de pequenos animais.
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A DVCM é a doença cardíaca adquirida mais comum nos cães idosos que pode acometer qualquer raça, porém cães de pequeno porte sofrem mais as consequências clínicas da doença. Isso ocorre pois as válvulas com o passar do tempo, não conseguem exercer tão bem o seu papel, e deixam de coaptar adequadamente.
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As válvulas funcionam como portas bang bang (tipo de faroeste) que abrem e fecham o tempo todo, impedindo que o sangue que deve sair do átrio em direção ao ventrículo, retorne ao átrio. Quando essas “portas” não exercem seu papel de forma adequada ocorre um refluxo de sangue para o átrio. O sangue saindo do átrio em direção ao ventrículo mais o refluxo causa um turbilhonamento que pode ser auscultado ou até mesmo sentido com as mãos, dependendo da velocidade. Esse refluxo pode trazer como consequência o aumento atrial esquerdo podendo, em casos mais graves, levar ao edema pulmonar.
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A principal queixa do proprietário do cão com DVCM é a tosse, podendo acontecer desmaios, cansaço fácil e intolerância ao exercício. O ecodopplercardiograma nos traz informações preciosas de como está o funcionamento do aparato valvar, quanto de sangue está regurgitando para o átrio e se há remodelamento do átrio que antecede o edema.
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O tratamento da EVM é de acordo com o quadro do paciente e vai depender de cada caso. Não conseguimos melhorar a condição da valva em si, mas trabalhamos para dar uma melhor qualidade de vida aos nossos pacientes.
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Se você tem um cãozinho e quer saber como está o coraçãozinho dele, aproveite o Setembro Vermelho e agende uma consulta com um de nossos cardiologistas!
Texto: Dra. Fernanda Rohnelt
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