A Síndrome de Addison e seu difícil diagnóstico

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Síndrome de Addison ou Hipoadrenocorticismo, são nomes grandes e um pouco complicados pra retratar uma disfunção hormonal de grande importância na Endocrinologia Veterinária, onde os pacientes que a apresentam tem um quadro agudo, caracterizado por vômitos, diarreia, tremores, falta de apetite, prostração e apatia. Esses sinais clínicos são comuns em diversas enfermidades e, por isso, muitas vezes demora-se a chegar ao diagnóstico.

A Doença de Addison diz respeito a uma baixa produção dos hormônios cortisol e aldosterona pelas glândulas adrenais. Na maioria das vezes a enfermidade acontece por conta de uma destruição promovida pelo próprio organismo sobre a região do córtex adrenal (mecanismo autoimune), acarretando a diminuição na produção destes hormônios, gerando os sintomas descritos acima .

É uma doença extremamente perigosa porque nela os níveis de sódio encontram-se reduzidos e os de potássio elevados, gerando diminuição da pressão e arritmia cardíaca consecutivamente, podendo facilmente levar ao óbito. Um pouco diferente da maioria das endocrinopatias, que aparecem geralmente em pacientes na sua fase adulta a idosos, esta é uma doença que geralmente acomete pacientes mais jovens. Mas atenção! Nossos amigos em fase adulta e geriátrica não estão isentos dela.

A síndrome de Addison pode também aparecer em pacientes que estejam em tratamento a base de Mitotano ou Trilostane, por isso é IMPRESCINDÍVEL o acompanhamento dos nossos animais por um especialista na área. E também pode ocorrer em animais que tomaram cortisona por muito tempo e que pararam de tomar repentinamente, sem fazer o “desmame” da droga.

A Síndrome de Addison por vezes  pode ser confundida com doença renal, uma vez que ela pode aumentar os níveis de ureia e creatinina, ou até mesmo com a famosa doença do carrapato, por diminuir a concentração de plaquetas. Logo, é de extrema importância o diagnóstico diferencial!

O profissional da endocrinologia será o mais indicado para pesquisar e tratar a doença. Infelizmente a doença não tem cura, mas uma vez diagnosticada, o paciente viverá bem e com qualidade de vida, sempre acompanhado de um especialista em endocrinologia, pois serão necessários medicações de uso contínuo (para repor os hormônios que não estão sendo produzidos) e exames periódicos para manter esse animal feliz e saudável.

Dr. Rodrigo Brum

endocrinologia – Vet Care