A Dirofilariose é uma doença debilitante e potencialmente fatal para os cães. A causa desta doença é um verme a Dirofilaria immitis, que se aloja principalmente no ventrículo direito e a artéria pulmonar. O gato é ocasionalmente infectado.
O ciclo da Dirofilariose começa quando o mosquito ao se alimentar de um cão previamente infestado, recebe a microfilaria (ovos) através do sangue do cão. No mosquito a microfilaria se desenvolve em larva infestante (2 a 3 semanas), quando o mosquito for se alimentar novamente a larva penetra através do local da picada e ocorre um período de desenvolvimento da larva e uma migração até o coração esta fase toda demora entre 2 a 4 meses até que ao chegar no coração, a dirofilaria imatura se desenvolve em filaria adulta sexualmente ativa (num período de 2 meses). A partir daí havendo uma filaria de cada sexo, ocorre o acasalamento e as microfilarias (ovos) são liberadas na circulação sanguínea, onde um mosquito ao se alimentar recomeça todo o ciclo.
Qualquer cão está sujeito a filariose, porém as regiões litorâneas são áreas de maiores riscos devido à proximidade de florestas e Mata Atlântica que aumenta o número de mosquitos. A região de serra indiretamente também já se encontra alguns casos, pois muitas pessoas que possuem casa de praia, também as possuem na região serrana, com isto o cão leva de um lado para o outro as microfilarias.
Os sinais clínicos e grau de infecção dependerão, entre outras coisas, da susceptibilidade individual de cada animal, assim como a duração e severidade da infecção. Quando as filarias adultas estão presentes, podem causar inflamação das paredes das artérias no pulmão, obstruindo vasos sanguíneos e consequentemente alterando o fornecimento sanguíneo aos órgãos vitais. A partir dai uma série de problemas vai se desenvolvendo uma coisa interligada a outra.
A maioria dos proprietários de cães não se dão conta que seu animal de estimação esta com filaria, até que a doença esteja bem avançada . Somente nos últimos estágios, quando a doença é difícil de se tratar, os animais apresentam os sintomas típicos da doença: tosse crônica (inicialmente seca), respiração difícil, apatia, fadiga (devido a qualquer pequeno esforço), perda de peso e abdômen distendido causado pelo acúmulo de líquido (ascite devido à doença cardíaca crônica).
Por outro lado há como evitar que o seu cão venha a ter esta doença desde filhote. O ideal é que a partir dos 3 meses o seu melhor amigo comece a utilizar medicações que irão prevenir que esse verme se aloje no coração. Existem 2 tipos de prevenção: 1) produtos repelentes, que irão impedir que seu animal seja picado pelo mosquito e 2) produtos que matarão as larvas caso seu animal seja picado pelos mosquitos (vetores) infectados pelas filárias. Existem diversos produtos no mercado, na forma de coleiras, pipetas pour on (que são colocadas no dorso do animal) e comprimidos. A frequência do uso dependerá do tipo de medicação escolhida para ser utilizada no seu animal. Converse com o veterinário que acompanha seu pet, uma vez que ele é o profissional mais indicado a lhe auxiliar na escolha, que pode variar devido a raça e também a sensibilidade do animal, uma vez que alguns cães toleram bem comprimidos, enquanto outros se adaptam melhor com produtos pour on. Independente do produto que se esteja usando é MUITO importante seguir as indicações do fabricante, relacionadas a frequência de aplicação ou administração. E, acima, de tudo, a prevenção é para o resto da vida do animal.
Atenção, se o seu cão ainda não utiliza a medicação preventiva, procure um veterinário ANTES de iniciar o uso. Algumas medicações utilizadas na prevenção também podem matar os vermes adultos e, se o seu animal já tiver um desses vermes nas artérias pulmonares e coração, isso pode trazer complicações sérias a ele, incluindo a morte. Existem alguns exames laboratoriais, feitos através da coleta de sangue do cão, que avaliam a existência ou não de filaria e até mesmo o grau de infestação. O resultado desse exame é rápido, muitas vezes na Vet Care sai no mesmo dia, algumas horas após a coleta. Após o rersultado negativo, o mpedico veterinário poderá prescrever a medicação que irá proteger o seu animal com mais segurança.
Existe terapia para os animais já acometidos pela doença, contudo o seu veterinário deverá avaliar a situação, pois cada caso é um caso diferente e dependerá quão quanto o organismo do seu cão estará debilitado.
Consulte o seu veterinário para maiores esclarecimentos.
Drª Renata Tostes Bastos
Vet Care